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Aqui a poesia é amadora. A música e a fotografia, amadoras. Tudo dentro deste peito é amador.

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segunda-feira, 24 de novembro de 2025

24.11.25

 


Eu gostaria de me dar um verso de aniversário. Mas depois decidi juntar uns trecos, trechos, essa carta e cacos brilhantes. Eu realmente preciso me agradecer, eu não sei o que teria sido sem uma ousadia timida e tão mansa que nem eu dava muito por ela. Que eu jamais me engane novamente sobre isso.


Espiei em cada caco meu espatifado, minha imagem inteira. É impossível partir a essência. O mundo tentou, mas eu aprendi a brincar com ele. Era apenas uma criança ferida. Ele só precisava de inocência. Inocência e ousadia. O que era caco virou espelho d'água. 


Eu não sei o que seria se não tivesse sido assim, nessa constelação, na inquietação pacífica e inconformismo. 


Quando menina eu gostava de grudar na minha avó, mas eu era inquieta e volta e meia ela me mandava (certa ela) voltar pra minha casa. E eu dizia: só por desaforo eu vou lá outra vez. Pra ela, a autenticidade dela, a firmeza dela, a doçura dela. Ela me lembrava do que não pode morrer. 



Dessa vez, por desaforo, eu voltei pra mim.


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