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Aqui a poesia é amadora. A música e a fotografia, amadoras. Tudo dentro deste peito é amador.

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quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Reforma ortográfica


Quanta deselegância. Capturaram o pássaro do voo. 
Acentos são bons para pessoas que como eu, 

não sabem desenhar.








sexta-feira, 2 de agosto de 2013

sobre os anéis e os campos


     Como se já não se soubesse que em poetas, desligados e outros tontos, há, me parece, um campo magnético protetor. As coisas todas que não servem, é que se desviam. Mas eu falo tonto, não sonso, nisso há diferença de inverso.

        Um bêbado que não se sabe como chega em casa, se o cachorro da porta do bar que o guia ou a sombra dos postes no caminho. No bolso o crachá de trabalhador. As coisas do caminho é que parecem se desviar. Vai saber dele... Não me atrevo. Todo mundo tem um motivo uma hora ou outra.


         De repente, eu atravesso a rua distraída. Um carro vira a esquina a toda. Gente grita - Uhh! - Como num quase gol, não pegou. Foi por um triz. Que sorte. É o campo. Já de longe, um elogio do motorista paulistano. Me lembro então da Iracema, a do Adoniram, que o carro pinchou ela no chão. E o chofer não teve "curpa". E nem um retrato dela, ele guardou. Só as meias e os sapatos. Engulo seco, me corta o peito também, a voz do Adô. Prometo ao céu prestar mais a atenção. E é pra ele, que eu caminho olhando. Feito coisa de tonto. Olha lá caindo um balão... Pensamento vertical. 



       O que eu pensei? Já vuou. Deve de servir para compor os bambolês de Saturno as coisas que eu penso. Melhor para o alto. Porque pensar pelas ruas de cabeça baixa, faz de o pensamento cair deitado de braços abertos nas calçadas, junto com os folhetos de implantes dentários e compra de ouro e prata. Abandonado de ninguém querer.E as coisas alheias, seguem assim, se desviando de mim. 

          É o campo.