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Aqui a poesia é amadora. A música e a fotografia, amadoras. Tudo dentro deste peito é amador.

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quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Pois como as cartas, os poemas necessitam encontrar seu destino

Ando distância. Já não tenho pressa, tenho fome. Pois tens por dentro de mim este poder de reticência.
Eu, o poder de vírgula, quando estico este pequeno sonho por toda extensão de minhas asas e decolo. Tua imagem gravada em meus olhos entressonhados. Teu sorriso clandestino eternizado na película.
Desfolho teu olhar, como versos distraídos que ainda não os sei. Sem imaginar que encontrarei trovões por dentro deles. Então empurro teu olhar com o desejo do meu para salvar-me do abismo de te ver. Fui atingida. Visto vermelho em meio a paisagem branco e preto. Me sobra a rua e seu silêncio de árvores  e de um destino tão desalinhavado.
E se te fecho os olhos é para iludir um tanto essas tonturas. Pois sempre que o persigo, meus dedos voltam manchados de espera.

13 comentários:

  1. Ah! Como é bom te ter aqui de novo, Zi.
    :)

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  2. Ziii

    e vc descreveu tudo agora.

    Um beijo

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  3. belíssimo

    o poder de (d)escrever é falat

    :)

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  4. Amei a delicadeza de seus textos, amei o jeito doce que seu blog passa aos leitores.
    Estou já seguindo.
    Beijo ;)

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  5. Desconfio que, a luz, quando brilha no escuro, não sabe que está sendo vista. Talvez pelo susto que levaria ao deparar-se com o cortejo silêncio das sombras que a circunda. E no entanto, anda entre elas como fosse uma tela imaculada da alma, mesmo sem saber ao certo até que ponto alcança. A luz de mil chamas que tem a lua de hoje, neste exato instante, está lá fora, com fome, com frio e fedendo a fumaça de carros motocicletas. E independente disso, sua luz, de alguma forma, nos habita. Nos enche. Nos tranborda. E como ela, confio na espera que nos une Zi. Na simplicidade daqueles que se sabem predestinados ao trabalho árduo sobre si mesmos como se estivéssemos em uma espécie de arado da alma, donde vejo campos secos sendo irrigados dos mais nobres sentimentos. Não raras vezes, contando apenas com expectativa de que se faça bom tempo para que o grão não se sinta fatigado. Vejo que as sementes que espalhastes estão começando a se entusiasmarem, Zi. E com aquela esperança de quem reencontra-se com o milagre do broto. Mas a voz que escuto agora, é deste outro, que bem dentro, sabe que a vitória de um, nunca é a de todos. E no entanto, mesmo que não seja ele o broto esperado, ele soube-se vingado dentro do que lhe foi proporcionado. E também lhe dará frutos. Mas estes frutos de que lhe falo, ficam no alto, à espera de um olhar apurado que possa flagrá-los. Espero que os encontre escondidos entre as folhagens Zi, o fruto finalmente justo e poeticamente esperdo. E que você volte para contar-nos como foi a graça de saboreá-lo.

    Te conto.
    Me contas.
    Fofocamos.

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  6. Um poema sem destinatário é um poema inválido.

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  7. acho que preciso ler novamente, porque acredito que não entendi...
    Será que ele não era para o meu destino(bom vou ler novamente)
    bjs

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  8. Meus dedos estão manchados
    e não sei o que uso pra limpar.

    Mas sei também que só é sozinho
    quem nada espera.

    Viva a espera. rs
    Beijocas!!

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  9. Teu espaço é maravilhoso.
    Lhe seguindo. Me visite, ficarei feliz.

    Bela semana pra você!

    Beijo, Dan.

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  10. Poxa, fiquei tão feliz com teu comentário Ziris... Que vou dormi flutuando... em busca de novas poesias. E aqui tudo é lindo!

    Beijo com carinho, Dan.

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