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Aqui a poesia é amadora. A música e a fotografia, amadoras. Tudo dentro deste peito é amador.

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domingo, 5 de junho de 2016

é algo como isso e fim

Escrever é quase medo.
Não ficar.
Canto algum.
Um lugar. Lar. 
Pocilga.
Flor. 
Escrever é um não perdoar para perdoar. 
Um confronto. 
Faca. É o fundo.
Sofrer de cor, de palidez.
Absolvição. 
É um bode colorido. 
Perdoável.
È um bode. É Chagall. 
É para os grandes.
É a esquina, o boteco, chão, teto, é teto e chão.
É solitário.
Sagrado.
Não mete-se. 
É sério, piada.
É o copo. 
É a taça. 
O meio vazio.
É o cheio.
Escrever é depois. 
Não eu. 
É Machado.
É antes do possível.
A página no lixo embolada.
É o peito líquido.
Fatiado peito.
É a vela. A veia.
Alforria. 
Alegria. Embriaguez. 
É lama. 
Chão. 
É Dalí e Dumont.
As estrelas de Bilac.
É quase fim.
É quase.
E eu não gosto do som elétrico desta palavra.

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