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Aqui a poesia é amadora. A música e a fotografia, amadoras. Tudo dentro deste peito é amador.

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segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Violetas na chuva

É que quando as pestanas de uma mamãe se deitam assim tão demoradamente para o mundo, na verdade, elas estão tecendo outra ternura, sabe? Porque para mim, mães quando morrem, ficam violetinhas. Piscando aveludadas em seus vasinhos. Esperando as regas diárias de saudade para existir para sempre.



Pela mamãe de uma grande amiga.

12 comentários:

  1. Quanta sensibilidade.


    Me lembrei de Drummond:

    "Por que Deus permite
    que as mães vão-se embora?
    Mãe não tem limite,
    é tempo sem hora,
    luz que não apaga
    quando sopra o vento
    e chuva desaba,
    veludo escondido
    na pele enrugada,
    água pura, ar puro,
    puro pensamento.

    [...]"

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  2. isso é carinho na alma.Saudades de tu,menina.Beijos

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    1. Saudades também Mariana.

      Demais.

      É preciso recriar na mãos o dom do afago.

      Bjk

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  3. Só não passei vergonha agora porque estou sozinho. Sabe como é cumadi, homem não chora.

    Beijo

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    1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  4. Passo a acreditar junto contigo.

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  5. Zi, que coisa bonita de se fazer!

    Sua alma boa...

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    1. Beré, que saudades...

      Eu também pensei que era uma coisa bonita de se fazer... Pensei mesmo.

      Um beijo

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  6. Sinto o perfume dessas palavras no ar...
    Que delicadeza Ziris!!
    Bjos

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  7. Deus acabou de aparecer atrás das vidraças. E está me sorrindo com os olhos cheios de lágrimas.

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  8. Perder uma mãe é perder parte de si mesmo.E é irrecuperável.

    Fernanda

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  9. Imagino que sim Fernanda. Irrecuperável. Por isto criei esta alusão sobre as regas diárias. As violetas moram dentro. Foi a ferramenta que eu encontrei para acarinhar o coração que ficou...

    Obrigada pela visita, um beijo.

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