Quando eu era bem pequena, chorava sempre mas não muito. Não era berreiro menos ainda manha. Era só aquela lágrima levinha caindo sem nem mesmo eu saber porquê. Nem choramingo era. Eu olhava para os pregadores sozinhos no varal e achava bonito, escorria. Um parafuso esquecido no chão, um cadeado enferrujado, lá vinha. Eu não via as coisas, eu as atravessava. Um dia ouvi minha mãe preocupando - 'Eu não sei mais o que fazer...' - E fui aprendendo a segurar, tanto... Cresci. E fui pra Faculdade de Letras. Desmoronei. Tornei a atravessar coisas e pessoas. Conheci gente que também atravessava. A primeira coisa que escrevi, levei pra casa e li. Minha mãe daí chorou dentro de um sorriso. Eu só soube dizer - 'Lembra daquele chorinho, mãe? É ele aí.'
Olá, amiga das varandas floridas!
ResponderExcluirSaudades de você. Fiquei muito feliz com tua visita e palavras que mais pareciam aquele agrado de vizinha, sabe?... uma fatia de torta fresquinha, ou ainda um convite pr'aquele chá de ervas colhidas do horta. Essas coisas de gente que a gente gosta.
Lindo o teu post de hoje. É fácil de te imaginar menininha se emocionando com as bonitezas do dia. Tipo como você é até hoje.
Deixo um beijo e um abraço, e ainda a lembrança de que estou por aqui.
Be
Quanta sensibilidade, Zi!
ResponderExcluirSaiba que meu coração também "chorou dentro de um sorriso" ao ler tuas linhas!
Um beijo!
"Que a cada manhã a sua coragem acorde bem juntinho de você, sorria pra você, e o convide para viverem uma história toda nova, apesar do cenário aparentemente costumeiro."
ResponderExcluirCaio Fernando Abreu
adorei aqui, e to ficando :)
estou seguindo..
retribui??
beijos
http://momentosdapathy.blogspot.com.br
Que todo mundo o encontre.
ResponderExcluirAmadurecer dói.
ResponderExcluirFoste perfeita