me perdoe a demora, caí em 2016 um tanto perdida. A vida é uma tontura só.
Conforme a sua teoria, há poucas coisas que não mudarei em nada pro's lados de cá: o alecrim vingou, a roseira amarela deu três rosas grandes de uma só vez e escancarei, fotografei um sol cor-de-rosa.
Mas um dia teu nome amanheceu triste em Minas Gerais. Pra depois entardecer sagrado. Eu conto. Separei roupas e utensílios para doação, surpresa foi que me impediram de enviar, pois as doações já tinham sido tantas, mas tantas, mas tantas mesmo! Não é bonito? Então, decidi botar cortina em todos os cantos da casa e meus. Quero ver o vento dançar comigo como dança com as folhas soltas no quintal. Quero arejar, porque esvaziar eu fiz demais. Você sabia, Mari, que alguns físicos dizem que tempo e espaço é tudo a mesma coisa? Pois é.
Achei engraçado porque a mim serviu justo. Eu não a vejo, Mari, há 1,329 km em linha reta. Porque tempo, não se mede mais entre nós.
E foi bom 2016 começar em Ana. Foi sim.
Te amo, feliz ano inteiro.
Para você um sol com pétalas, lá de Aparecida do Norte.
Sabe, Zi. Quando falo com você algo estranho acontece. É alguma coisa de mãe que põe a filha no colo e conta histórias para a vida toda. Não sei explicar. Quando eu vi meu nome entristecer em uma cidade eu chorei tanto. Por dois motivos. Primeiro, por tanta bobagem comparando tragédia ente aqui e Paris. É tão triste vê o que o ser humano é capaz.
ResponderExcluirDepois, quando vi as mobilizações. Gente ajudando gente.
É tão bom vê do que o ser humano é capaz.
Minha mãe dizia que a gente não deve se prender às coisas tristes e ruins. Elas vão continuar acontecendo, independentemente de nós.
Mas as coisas boas devemos guardar num bauzinho dentro da memória, para ajudar nas horas difíceis, para lembrar que tudo passa, Zi.
Eu acredito nos cientistas, Zi.
Tenho provas todos os dias.
Porque embora, no tempo de agora tantos kms nos separe você está no espaço do meu abraço. No coração.
Beijo
Gosto desta vossa correspondência :)
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