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Aqui a poesia é amadora. A música e a fotografia, amadoras. Tudo dentro deste peito é amador.

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sábado, 3 de julho de 2010

Das entregas




Pela noite as paredes parecem estreitar e desafiam cada centímetro contrito meu a colher alguma descoberta. Respirar dói. Devastar segredos entre o imenso cor de sombra, é a minha pior agrura. Mas às portas de mim, uma gota ansiosa procura escôo pela minúscula fissura da possibilidade, e na lida chega às vias de derramar todo aguaceiro de dentro. Os dedos tremem. A barragem desaba. São linhas ondinas as minhas, que dançam uma canção de alívio, jorradas, libertas de todo o precipício de estar. E feito ventarolas pratedas pela lua, agora navegam calmas pelo oceano. Então posso estar contigo ou comigo ou em qualquer lugar. Uma pequena cissura, um bafejo e à face generosa do papel outrora em branco, ofereço a minha alma alí descansada...





4 comentários:

  1. 'Minha vida vazia
    Tua vida vazia
    Manchando o papel em branco
    Dos sonhos desfeitos.'


    Te toco.
    Me tocas.

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  2. Anônimo3.7.10

    Seu texto é um claro e evidente exemplo da unicidade de tudo o que existe.

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  3. escreves muito...
    parabéns

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  4. Ziris minha menina, como escreves lindamente, já te contei? sou fanzão.

    Quando vier o aguaceiro de dentro me abraça forte que passa tá?

    Te beijo!...

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